Canudos – sua gente, sua terra, suas lutas, seus dissensos instauradores – continua em disputa. Se Canudos e os conselheiristas foram feitos inimigos da República brasileira, do progresso e do desenvolvimento, seus sobreviventes – sobreviventes, não vítimas – espalharam-se como sementes de resistência. Por isso, voltamos a Canudos e às suas lutas. Não para reconstruir o tempo de Antonio Conselheiro como monumento imóvel e petrificado. Trata-se de reconhecer, lá e aqui, o esforço de reavivar “as centelhas da esperança” acesas pela tradição de rebeldia dos pobres, dos trabalhadores, dos oprimidos, que, ao escavar a própria história, vão construindo um modo de ser e de existir que permita romper com as dominações. Voltamos a Canudos, ao sertão e a seus múltiplos sentidos, disputando e contrarrestando os significados impostos desde fora como monumento-barbárie que consolidaram a visão dicotômica e dual entre o sertão e o Brasil. Se o sertão virou o Outro do Brasil, estamos somados a muitas outras Canudos no esforço de ressignificar e renomear o próprio Brasil. (…) Este livro se pretende parte do diálogo e da disputa. É uma aposta: somente a tradição dos oprimidos, repensando contradições e reconstruindo veredas, será capaz de despertar as centelhas da esperança por uma vida vivida como construção compartilhada da utopia. Canudos resiste, lá e aqui. (…) – Gabriel Ferreira Zacarias, no posfácio
Sertão, Sertões – Repensando Contradições, Reconstruindo Veredas
R$ 70,00
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SKU:
9788593115332
Categorias: Historia, Historia Do Brasil
Tag: ELEFANTE EDITORA
Marca: ELEFANTE EDITORA
Descrição
Informação adicional
Peso |
0 , 395 kg |
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Dimensões |
23 × 15 × 15 cm |